Flores-PE: Oposição está dividida quanto à sucessão de 2020



 Oposição está dividida quanto à sucessão de 2020 em Flores – PE

Onofre (E), Soraya (C) e Ivanildo (D)
Cada um por si e Deus por todos. Está mais ou menos assim o sentimento dentro do grupo de oposição em Flores, interior de Pernambuco. O que se percebe é a falta de unidade e a sobra de egocentrismo, com cada individuo pensando somente si mesmo. Ivanildo do Fosco (que foi vice na chapa de Soraya Morioka, derrotada em 2016) se movimentou durante o processo deste ano, e, na ausência de Soraya (que estava focada em seus projetos empresariais) liderou parte das figuras do campo das oposições. Na reta final a ex-prefeita entrou no processo, manteve o apoio aos mesmos candidatos a Câmara Federal e a Alepe (Assembleia Legislativa) de 2014, Sebastião Oliveira e Rogério Leão, respectivamente.
Mesmo de última hora Morioka mostrou que, dentro do grupo de oposição, é o nome que detém maior aceitação perante o eleitorado, tendo os seus candidatos por ela se saído melhor que os candidatos apoiados por Ivanildo, nesse caso Augusto César (PTB) (que não se reelegeu para a Alepe) e Fernando Filho (DEM) (que se elegeu para mais um mandato na Câmara federal).
Outro que é apontado como um dos bons nomes do município e que poderá no futuro disputar a prefeitura é o vereador Onofre Souza (PR), que nas eleições deste ano não seguiu Ivanildo, nem Soraya. E mais: depois de declaração da ex-prefeita afirmando que deverá disputar a prefeitura em 2020, o correligionário afirmou que será candidato e que se o seu partido, o PR, lhe negar a legenda, sairá candidato por outra agremiação.
O fato é que Ivanildo é bem visto, fez boas movimentações, mas obteve resultado inferior a de sua colega. Já Onofre é considerado um bom parlamentar, contudo tem suas ações muito restritas a região de Sítio do Nunes (zona rural do município), e analistas políticos avaliam que precisaria ampliar sua atuação para possibilitar mais adiante ser lançado candidato a prefeito. Por enquanto seria um nome ainda desconhecido na maior parte do município.
Diante deste cenário, queiram ou não os colegas, o melhor nome é o da republicana Soraya Morioka, a única que ofereceu risco ao atual prefeito, Marconi Santana (PSB), em 2008 quando perdeu por pouco mais de 100 votos, e em 2016 quando foi derrotada por cerca de 500 votos, números considerados apartados daquelas disputas (Soraya venceu em 2012 o candidato Luiz de Zé Duro, na época apoiado por Marconi).
Avaliando as disputas vividas entre o grupo de Soraya e do atual prefeito nas últimas eleições, se espera que o grupo supostamente liderado por Soraya apare as arestas e entre em consenso, caso o contrário vai chegar esfacelado e sem forças para enfrentar o grupo governista de igual para igual. Se não baixarem a bola e pararem de olhar cada um para o próprio umbigo, vão amargar mais uma derrota para o líder dos Santanas, e desta vez pode ser de maneira acachapante ou mesmo humilhante.
É hora de, repito, baixar a bola e trocar os “Eus” pelo NÓS!
Maciel Rodrigues – jornalista, radialista e editor deste site.

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