Homem de 21 anos é preso após estuprar irmã de 12 dentro de casa em PE
Uma menina de 12 anos foi estuprada dentro de casa pelo próprio irmão de 21 anos enquanto ela dormia. O caso aconteceu no último domingo (24), em um bairro da Zona Oeste do Recife, mas apenas nessa sexta-feira (29) o Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) divulgou a história como uma forma de alertar pais e responsáveis por menores. O homem foi preso em flagrante na última segunda-feira (25) pelo crime de estupro de vulnerável e, após audiência de custódia, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Se condenado, pode pegar de 8 a 15 anos de prisão.
Segundo o gestor do DPCA, o delegado Darlison Freire, a menina chegou à delegacia encaminhada por um hospital particular do Recife e acompanhada de uma assistente social e de uma enfermeira. “Ela chegou com uma forte indicação de que essa criança teria sido abusada sexualmente. Os exames apontavam nesse sentido. Mas no começo ela não queria falar muito. Mas através de nossa unidade de apoio técnico, num ambiente acolhedor, fizemos a escuta especializada. E ela resolveu contar o que aconteceu, nos deixando chocado por o abusador ser o próprio irmão”, disse o delegado.
Entre os pontos relatados, a menina disse que toma medicamentos alérgicos que a deixam com um sono pesado. “Ela acordou sentindo fortes dores na vagina e viu o momento em que o irmão saía do quarto dela. Também disse que encontrou um preservativo no banheiro do irmão. A vítima disse ainda que é a segunda vez que o estupro teria acontecido, mas na primeira vez ela não tinha certeza, em virtude do medicamentto. Mas desta vez, ela disse não ter dúvidas de que ele a abusou”, acrescentou Darlison Freire.
Ainda de acordo com o gestor do DPCA, em depoimento o abusador nega o crime de estupro e acusa a irmã menor de idade de estar fantasiando. “Mas o depoimento dele vai de encontro com o que foi apurado nos autos. E foi comprovado (por exames) que o crime de estupro foi consumado, ou seja, houve penetração”, colocou Freire. Tanto o estuprador quanto a vítima são filhos da mesma mãe, que estava viajando no dia do crime. A criança estava sob os cuidados de uma tia, a quem primeiro relatou o ocorrido e quem a levou ao hospital. “A mãe antecipou a volta da viagem, esteve na delegacia. Chorou muito mas entendeu que o filho cometeu um ato de extrema gravidade”, disse Darlison.
Alerta
Mais de 70% dos casos de estupro a menores de idades acontecem dentro do ambiente doméstico e é praticado por pessoas próximas. Ou seja, os aliciadores são pais, padrastos, tios, primos, irmãos e outros que frequentam a casa da vítima. “Esse caso entra para as estatísticas e serve para alertar que os pais sempre dialoguem com seus filhos e observem seus comportamentos. Fiquem atentos mesmo dentro de casa. Se a criança muda o comportamento padrão, é um sinal de alerta”, diz o gestor da DPCA, Darlison Freire.
Ele lembra que alguns menores ficam mais arredios, outros com medo, outros desenvolvem síndrome do pânico e há as crianças que repetem em brinquedos o que fazem com ela. “O pai e a mãe observadores vão perceber que tem alguma coisa errada com a sua criança”, alerta o delegado.
Do Diário de PE