Noite de sexta-feira foi de confusão e protestos após interdição de bares em Serra Talhada
Uma blitz que envolveu a Polícia Militar, Vigilância Sanitária, Polícia Civil, Guarda Municipal e Ministério Público, resultou na interdição de 14 bares nessa sexta-feira (11) em Serra Talhada, que estavam descumprindo o decreto estadual com relação às normas contra aglomerações. Quatro proprietários de estabelecimentos foram conduzidos a Delegacia de Polícia.
Nesta madrugada, vários depoimentos chegaram a redação do Farol com críticas, principalmente, a postura da polícia.
Além dos proprietários dos estabelecimentos, os mais revoltados eram os músicos. Alguns tiveram que parar apresentação de voz e violão sendo conduzidos para delegacia de polícia. A questão é que não há unidade de ação entre a PM e a Vigilância Sanitária, que já se pronunciou, durante live do município, que os shows em bares estariam permitidos.
“Viramos bandidos de instrumentos nas mãos. Precisamos de uma mesa redonda envolvendo a prefeitura, polícia, donos de bares e músicos, para tirar todas as dúvidas e ver quem está certo. O decreto não proibiu a música nos bares, contanto que mantivesse as condições de funcionamento. É complicado tratar trabalhador como bandido”, desabafou o músico Cristiano Leite, da Banda Vizzu.
“Eu estava tocando e a polícia chegou com o bombeiro militar e disseram que eu não poderia tocar. Fecharam o local. O decreto não diz isso não, mas agora nem isso a gente pode mais. É complicado tudo isso”, relatou o músico Matheus Carvalho, em áudio nas redes sociais.
Já o proprietário do Arena Pub, Rogério da Pitu, que teve o estabelecimento interditado, novamente, mostrou preocupação com relação. “Vou vender os produtos neste sábado a preço de custo, porque tenho obrigações com fornecedores e funcionários, ambos pais de família. Farei isso enquanto durar o estoque e arrecadar o dinheiro das obrigações, se não for detido novamente”, concluiu.
Via farol de noticias