Pela primeira vez desde fevereiro, EUA voltam a registrar mais de 2 mil mortes por dia por Covid-19
Os Estados Unidos voltaram a registrar, nesta semana, uma média de mais de 2 mil mortes diárias por Covid-19. É a primeira vez que isso acontece desde fevereiro deste ano. É o que aponta o site "Our World in Data", da Universidade de Oxford.
A plataforma reúne pesquisas empíricas e dados analíticos sobre mudanças nas condições de qualidade de vida ao redor do mundo. Segundo o jornal O Globo, a nova elevação de índices da Covid-19 no país é provocada pela disseminação da variante Delta, especialmente em regiões com baixas taxas de vacinação.
De acordo com a publicação, as mortes relacionadas à doença vêm aumentando no país nos últimos dois meses - chegando a uma média de 2.031 por dia na última terça-feira (21), e a 2.047 nesta quinta-feira (23). Este é o maior número desde 27 de fevereiro.
Quando os EUA registraram o menor índice de mortalidade pela doença, em 5 de julho, a média diária de óbitos era de 217. Ao todo, desde o início da pandemia, 681,2 mil americanos morreram de Covid-19, mais do que em qualquer outro país.
Embora dados compilados pelo New York Times indiquem que os números de novos casos e de hospitalizações estão em queda nos EUA - com reduções de 12% e 10%, respectivamente, na média nacional dos últimos 14 dias -, estes mesmos índices variam amplamente quanto a situação do Sul do país é analisada.
A região é considerada o epicentro local da variante Delta, e tem mais de 95% dos leitos de UTI ocupados.
O país lida com a baixa procura pela vacina e o negacionismo de grupos sociais, ao passo que o ritmo de vacinação tem se mantido estável em torno das 742 mil doses por dia, depois de um pico de mais de 3 milhões em abril.
Aproximadamente 55% dos americanos estão totalmente imunizados contra o novo coronavírus. Anteriormente, o plano do presidente Joe Biden era de que pelo menos 70% dos adultos americanos tivessem recebido ao menos uma dose da vacina até 4 de julho, quando é comemorada a Independência do país.
Contudo, isso não aconteceu, e a desinformação a respeito da vacina e a má comunicação são apontados como os principais fatores do atraso. O governo vem trabalhando para combater a circulação de mentiras relacionadas à eficácia das vacinas, e sobre os imunizantes carregarem microchips e comprometerem a fertilidade das mulheres.
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