O número de mulheres jovens que morrem em decorrência de infarto está crescendo no país. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 19, pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
De acordo com a entidade, as mortes por infarto estão se tornando cada vez mais comuns, sobretudo entre mulheres de 18 a 55 anos. Faixa de idade que entra para a lista de mortes precoces no país, conforme reforça a SBC.
No material, intitulado “A mulher no centro do autocuidado”, a equipe da entidade alerta sobre o fato de, por vezes, os sintomas do infarto serem diferentes no público feminino. Nesse sentido, revela que o problema cardíaco pode ir além da dor na região do tórax.
Falta de ar, cansaço incomum, desconforto no braço e dor na mandíbula podem ser alguns sintomas que podem indicar quadro de pré-infarto entre as mulheres, assim como náuseas e vômitos.
“Especificidades nas mulheres como manifestações de sintomas nem sempre típicos fazem com que elas tenham o seu diagnóstico de infarto sub-reconhecido e subtratado”, diz, segundo o site Metrópoles, a médica Gláucia Maria Moraes de Oliveira. “Ou seja, não lhes ofertam os melhores tratamentos”, prossegue a especialista.
Mortes por infarto no Brasil
Plataforma lançada pela própria SBC, o site Cardiômetro ressalta que doenças cardiovasculares representam a principal causa de mortes no Brasil. “São mais de 1,1 mil mortes por dia, cerca de 46 por hora, uma morte a cada 1,5 minutos (90 segundos)”, informa a equipe da sociedade.
De acordo com o Cardiômetro, somente em 2023 o Brasil já registrou mais de 153,5 mil mortes em decorrência de doenças cardiovasculares.