O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem passado um “pente-fino” nas irregularidades de cadastro do programa Bolsa Família. Só até o mês passado, 934 mil beneficiários que diziam morar sozinhos foram cortados. A categoria em questão teve um “boom” de 15% para 27% durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando se chamava Auxílio Brasil.
Novos cortes devem ocorrer neste mês.
Ao todo, 1,2 milhão de cadastros foram bloqueados somente em abril deste ano. Junto com os bloqueios, houve a solicitação de prestação de informações adicionais. A previsão é que novos cortes ocorram ainda em agosto, de acordo com nota do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social ao portal Uol.
Histórico
Chamados de benefícios unipessoais, os subsídios para quem mora sozinho reduziram: o número de cadastro caiu de 5,9 milhões em janeiro do ano passado para 4,9 milhões em julho. Durante o governo de Bolsonaro, a categoria teve um boom, passando de 2,2 milhões para 5,9 milhões.
Uma das possíveis explicações para o salto de cadastros é o fato de que, no Bolsa Família, o valor entregue era proporcional ao tamanho da família e, no Auxílio Brasil, a quantia era fixa, sem importar o número de dependentes. Isto é, uma mãe com vários filhos acabaria fazendo vários cadastros para ter acesso ao benefício, já que, se fizesse um cadastro só para família toda, receberia o mesmo montante que um homem solteiro.
Mesmo com a redução de beneficiários unipessoais, eles ainda representam 24% dos pagamentos do Bolsa Família.