Os jovens não deveriam ter seus próprios celulares antes dos 12 ou 13 anos”, diz psiquiatra especialista em vícios




A busca incessante por satisfação está relacionada com alguns elementos, como jogos e dispositivos digitais. Quem explica a interação por trás desse impulso (que, muitas vezes, pode ser compulsivo) é a psiquiatra e professora da Universidade de Stanford, Anna Lembke.

Renomada por sua expertise em vícios, ela se destacou ao explicar de forma didática por que é tão desafiador romper os hábitos que perturbam a rotina. Isso decorre de um desequilíbrio envolvendo a dopamina, o neurotransmissor do prazer, o qual, após estimular intensamente nossos cérebros, deixa para trás sentimentos de ansiedade e tristeza.

Essa dinâmica se evidencia até nas notificações dos dispositivos móveis, que incluem imagens e entretenimento para crianças. O efeito acumulado dessas diversas gratificações acaba por desencadear sensações de infelicidade, ansiedade amplificada e até depressão. Além disso, pode prejudicar nosso sono.

Em entrevista ao O Globo, ela destacou que as crianças não deveriam ter seus próprios aparelhos antes dos 12 ou 13 anos. Caso tenham, os pais devem assumir a responsabilidade pela administração desses aparelhos. A psiquiatra ainda diz que estabelecer uma comunicação aberta é crucial.


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