Um recém-nascido foi abandonado em uma calçada perto de uma escola particular no Barro, na Zona Oeste do Recife, na quinta-feira (22). Uma câmera de segurança filmou uma mulher o deixando na Rua Esperança. Segundo a Polícia Civil, ele foi encontrado por um homem que passava pelo local e ouviu um choro.
O caso, que aconteceu por volta das 18h, é investigado pela polícia como abandono de incapaz. O recém-nascido com 7 dias de vida foi encontrado por um homem de 38 anos que caminhava com o filho e viu a vítima enrolada em uma manta ao lado de uma bolsa no chão, segundo o Conselho Tutelar.
Ao g1, o conselheiro tutelar Thalles Cherles, que acompanha o caso, informou o que havia dentro da bolsa que foi deixada no local: leite, roupas, mamadeira e um documento da alta hospitalar com o nome da mãe.
O recém-nascido foi levado pelo homem que o encontrou para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) dos Torrões, no bairro de mesmo nome, na Zona Oeste do Recife.
Assistentes sociais do local entraram em contato com o conselheiro tutelar e levaram a vítima para o Hospital Barão de Lucena, no bairro da Iputinga, também na Zona Oeste da cidade, que constava no documento de alta hospitalar.
Em nota, a direção do Hospital Barão de Lucena informou que:
O recém-nascido chegou ao local na madrugada desta sexta-feira (23);
O paciente "encontra-se clinicamente estável e aos cuidados da equipe de pediatria do serviço";
Ele nasceu no hospital no dia 15 de fevereiro e havia recebido alta na quinta-feira (22);
"Está em contato com o Conselho Tutelar para os devidos encaminhamentos para o caso".
Segundo a Polícia Civil, o caso foi registrado pela Delegacia da Mulher, no bairro de Santo Amaro, no Centro. "A delegada conseguiu ver o endereço da mãe, mas, como ela é de outro município, pediu para agentes de outra delegacia irem [atrás dela]. Eles foram, mas não encontraram ninguém na casa", disse o conselheiro tutelar.
Thalles Cherles também afirmou que um pedido de acolhimento institucional será encaminhado para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE). "A gente não pode fazer nenhum julgamento ainda. Ela [a mãe do recém-nascido abandonado] pode estar com uma depressão pós-parto, com algum tipo de distúrbio, talvez nem tenha sido ela. As pessoas 'caem em cima' logo, mas é complexo", disse.
As investigações do caso "seguem até o esclarecimento do fato", informou a Polícia Civil, por meio de nota.
