Bolsonaro quer usar Lula para escapar de denúncia por joias sauditas; saiba como


O Tribunal de Contas da União (TCU) vai julgar, nesta quarta-feira (7), se o presidente Lula (PT) terá de devolver um relógio presenteado pela grife francesa Cartier em 2005, durante o seu primeiro governo. Além do petista, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro também está de olho no caso.

De acordo com a coluna de Malu Gaspar, no Globo, os advogados de Bolsonaro pretendem usar a decisão do TCU no caso da venda ilegal das joias sauditas envolvendo o ex-presidente. Para isso, aliados de Bolsonaro estão torcendo para que o tribunal decida que o relógio seja considerado um item personalíssimo e libere Lula de devolvê-lo. Caso isso ocorra, a defesa do ex-presidente pretende usar a decisão como precedente para tentar livrar Bolsonaro.

Mesmo o ex-presidente não sendo parte do caso do relógio de Lula, a defesa de Bolsonaro quer tentar extrair do caso envolvendo o petista “alguma fundamentação jurídica” para ajudá-lo no caso das joias sauditas.

Para um interlocutor de Bolsonaro, o entendimento aplicado a um presidente deve ser aplicado aos seus antecessores e defende que, se Lula puder ficar com o relógio e Bolsonaro seguir como alvo da investigação, “serão dois pesos, duas medidas.”

Independentemente de qual seja a decisão, aliados de Bolsonaro acreditam que o entendimento do TCU pode definir as regras para analisar os presentes recebidos por chefes de estado no exercício do cargo.

Além do julgamento evolvendo Lula, a defesa de Bolsonaro também espera pelas próximas etapas do julgamento sobre as joias sauditas. A expectativa é a de que a equipe do procurador-geral da República, Paulo Gonet, deva apresentar um parecer sobre o caso após o fim da campanha eleitoral deste ano para evitar o caso não seja contaminado pela política.

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